Norma Regulamentadora, a 35, está em vigor desde 2012, e estabelece os requisitos mínimos e medidas de proteção para o trabalho em altura.
Com a chegada do fim de ano, começa a maratona para reformar ou fazer a limpeza da casa . Nesta época, também, muitos condomínios se preparam para receber moradores esporádicos, que descem a serra para passar a virada de ano na Baixada Santista . Por isso, os prédios costumam dar um reforço na limpeza de marquises e toldos. Porém, este tipo de limpeza, quando feita por pessoas não qualificadas e sem equipamentos adequados pode causar acidentes e até mortes.
De acordo com o gerente operacional da Embraps, Alexandro Luciano Coelho, existe uma Norma Regulamentadora, a 35, que está em vigor desde 2012, a qual estabelece os requisitos mínimos e medidas de proteção para o trabalho em altura, desde o planejamento, organização, até a execução.
O objetivo é, justamente, garantir a segurança e saúde do trabalhador que executa a limpeza. Alexandro comenta que esta norma costuma ser muito presente e reforçada em indústrias, terminais e empresas, onde há muitas atividades feitas em altura. É, porém, pouco conhecida em condomínios e estabelecimentos comerciais, ainda que igualmente necessária.
“A NR-35 prevê que todo trabalho executado acima de dois metros de altura, com referência ao chão, é considerado um trabalho em altura. A partir dessa definição, várias medidas de segurança devem ser estabelecidas”, explica o gerente operacional.
A Embraps conta com uma equipe de seis profissionais altamente treinados que trabalham exclusivamente com limpeza de locais altos sob a supervisão de um líder e acompanhados de um técnico de segurança. “Nossa projeção é aumentar esse quadro, sempre pensando na segurança e na qualidade entregue ao cliente”, diz.
O gerente reforça que este não é um trabalho simples. Muitos clientes, segundo afirma, solicitam a limpeza de marquises e toldos com a concepção de que é só colocar uma escada, subir, limpar e descer. No entanto, trabalhos realizados acima de 2 metros de altura, com um acesso que não dê segurança e proteção na estrutura para prevenir uma possível queda, não são permitidos pela NR-35.
“Essa é uma das questões que mais trabalhamos junto aos nossos clientes, para que entendam que nossa preocupação não é só atender a lei como também preservar nosso colaborador, empresa e cliente, pois todos podem ser afetados. Ressaltamos que fazemos atendimento ao trabalho em locais altos, mas sempre dentro do que pede a lei e criando soluções para nossos clientes”, afirma Alexandro.
A importância da qualificação
O gerente operacional explica que o profissional que faz a limpeza de locais altos deve entender os riscos que corre e as medidas de segurança que deve obedecer.
O curso de qualificação fornecido pela Embraps fala sobre os riscos, a importância de respeitar as condições de estrutura física, apresenta os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e como utilizá-los da forma correta, realiza os exames médicos necessários, além de possuir um setor de segurança do trabalho.
A empresa ainda faz análises para verificar a melhor forma de realizar o trabalho oferecendo mínimo risco como parte de sua prestação de serviço. “Devemos estudar cada necessidade, apresentar uma solução e adequar, respeitando o cliente, o trabalhador e a lei”, afirma.
Por fim, Alexandro explica que ao avaliar contratar um serviço, em vez de olhar apenas o preço, o cliente deve também avaliar o custo benefício.
“Quando for escolher um profissional que vai prestar serviço, deve-se pensar sempre: por que esse custo é tão baixo comparado ao outro? O serviço realizado atende ao que a lei pede? Eu tenho certeza que aquele trabalhador que está no andaime ou na escada conhece os riscos e sabe usar os EPIs? Isso tudo faz muita diferença e nós da Embraps temos nos preparado cada vez mais para responder essas e outras perguntas”, finaliza.